Viúva de Avendano Junior D. Rita guarda em sua residência com carinho e zelo, todo o material que pertenceu ao seu marido.
A coleção consiste de varias pastas com recortes de jornais, fotografias, certificado de habilitação da Ordem dos Músicos do Brasil, placas de homenagens, cartas, cavaquinhos, inclusive o recebido de presente da viúva de Waldir Azevedo, D. Olinda Azevedo. Além disso a coleção consiste também de CD’s, partituras, o gravador utilizado por Avendano no seu cotidiano para estudo e criação dos seus choros, entre outros importantes materiais e documentos.
História sobre o choro Liberdade
“O Avendano tinha um horário diário em que se dedicava ao instrumento. Ele sentava na sala e quando pegava o cavaquinho ninguém fazia mais nada, a prioridade era dele, nem podíamos limpar a casa para não atrapalhar, dávamos espaço para ele fazer o que ele gostava que era tocar cavaquinho.
A música Liberdade foi feita como todos os outros choros, em casa. Ele ia gravando as ideias a medida que iam surgindo no seu gravador portátil. Um dia ele me mostrou a música e disse; vou fazer essa para o Xavante. Eu disse; mas que legal eles vão ficar muito faceiros. Mas não deram muita importância. O Avendano chegou até a mostrar para os torcedores mais fanáticos do clube, mas ninguém deu muita bola.
Tempos depois Avendano acabou mudando o nome para Liberdade, em homenagem ao bar que a consagrou, já que a música era muito apreciada nas rodas de choro semanais que reunia, no bar, músicos de pelotas e de várias outras cidades.”
Rita Avendano