A arte do oriente
A arte do oriente sempre despertou o interesse dos artistas ocidentais. O Mandarin na antepenúltima imagem é uma pintura de Gotuzzo de 1962.
As gravuras japonesas Ukiyo-e exerceram grande fascínio nos pintores impressionistas no fim do século XIX. Você sabia que um conjunto importante dessas gravuras e de arte japonesa pode ser visto no MALG
A Coleção L. C. Vinholes é a mais recente coleção do museu – e a maior de todas, composta por aproximadamente 2 mil itens. É uma coleção que revela o perfil e as escolhas de seu colecionador.
Luiz Carlos Lessa Vinholes nasceu em Pelotas, fez formação em música e na década de 1950 mudou-se para São Paulo, onde estudou com o compositor alemão Hans Koellreuter e passou a frequentar o círculo de poesia concreta da capital paulista.
Algum tempo depois integrou o corpo diplomático brasileiro exercendo a função de adido cultural no Japão, onde residiu por mais de 20 anos.
L. C. Vinholes estabeleceu importante interlocução entre a poesia concreta brasileira e a poesia japonesa e, ao longo de sua estadia no oriente – e também em outros lugares onde viveu (Canadá, Itália, Paraguai) – deu início a uma coleção que, em sua maior parte, foi doada para o MALG.
L.C. Vinholes também foi importante para a consolidação da fraternidade entre a cidade de Pelotas e Suzu, no Japão. Ao ser convidado para compor a música do hino da escola primária da cidade japonesa, a prefeitura local sugeriu que o elo entre Brasil e Japão continuasse. O prefeito de Pelotas na época, João Carlos Gastal, amigo de Vinholes, autorizou o projeto, concretizando em 13 de setembro de 1963, a primeira irmandade de cidades entre o Brasil e o Japão.
Sua coleção, extremamente rica, possui cerâmicas de Suzu, gravuras Ukiyo-e do século XIX, mapas e ilustrações raras, arte de Moçambique e artistas ligados ao modernismo no Brasil e Japão.