Descrição Geral e/ou Histórico
A Escola Portátil de Música é uma das maiores referências no ensino do choro do país. Foi criada por músicos de choro em 2000, (Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, Álvaro Carrilho, Celso Silva e Pedro Amorim), a partir da necessidade de passar adiante seus conhecimentos sobre o gênero. O nome foi dado por Hermínio Bello de Carvalho, se referindo à ideia de expandir o projeto para outras cidades. Começou com cerca de 50 alunos na Sala Funarte, alcançando hoje aproximadamente 1000 alunos nos Núcleos Urca (campus da Uni-Rio) e Casa do Choro. É coordenada pela diretoria do Instituto Casa do Choro: Jayme Vignoli (presidente), Luciana Rabello (vice-presidente), Mauricio Carrilho (diretor), Paulo Aragão (diretor), César Carrilho (diretor), Celso Silva (diretor).
Além das atividades de prática de instrumento, teoria musical, apreciação musical, canto e canto-coral, a EPM acredita na aprendizagem a partir da espontaneidade do ambiente da roda de choro como filosofia metodológica de ensino. As rodas de choro começaram a ser formadas espontaneamente pelos alunos nos espaços ao ar livre, no pátio da UNIRIO, logo cedo de manhã e depois do horário das aulas, às vezes com um caráter de fixar o conteúdo das aulas de prática de instrumento, e às vezes de forma livre, com repertório variado de choro. Com o tempo, a escola instituiu uma disciplina chamada “Roda de Choro”, que acontece de forma acústica, sempre ao ar livre, no pátio da universidade, onde convivem alunos iniciantes e avançados, com a presença de monitores para dar suporte aos que não tem prática de tocar na roda.
A prática da roda de choro que acontece na EPM no campus da UNIRIO tornou-se um importante espaço de ensino-aprendizagem que inspirou o surgimento de outras rodas que se formaram em espaços públicos da cidade. Muitos alunos da EPM, ou que já passaram pela EPM, formaram rodas de choro que chamaram a atenção da imprensa e se tornaram eventos cativos da cidade do Rio de Janeiro, como a Roda do Museu (Museu da República), a Roda do Forte Copacabana, a Roda Chorando em Jacarepaguá (JPA), a Roda Choro no Recreio, a Roda Fantasmas do Maxixe e Arruma o Coreto, que chegou a conquistar o reconhecimento como patrimônio cultural imaterial do Estado do Rio de Janeiro em 2018.
