Metadados
Está ativa? (considerar as rodas e lugares ativos até a pandemia)
Sim
Região
Cidade/Estado
Endereço
Ilha de Paquetá, Praça de São Roque, 31 CEP 20.397-090
Descrição Geral e/ou Histórico
As rodas de choro da Casa de Artes de Paquetá tiveram início em 2003 com a série O que que a baía tem, uma apresentação acústica na barca, durante a travessia da baía, e no quintal da casa, mensalmente, em tardes de domingos. O projeto tinha parceria com a Escola Portátil de Música e os músicos eram professores da escola e convidados.
Na barca a atividade era ciceroneada por um guia de turismo que, alternando com a música, narrava a história da baía, atrativos e serviços que o visitante iria encontrar na ilha. Apenas a passagem era cobrada e na Casa de Artes Paquetá a entrada era franca.
As rodas continuam até os dias de hoje, com apresentações apenas na Casa de Artes Paquetá, tendo tido vários nomes ao longo dos anos: O que que a baía tem, Choro na Barca, Choro na Casa de Artes, Roda de Choro na Ilha, O Choro do Anacleto, O Choro de Paquetá.
As séries são temáticas, recebem convidados solistas ou prestam homenagens a grandes nomes do Choro, e o repertório está sempre associado ao músico ou ao tema da roda.
Vale destacar que, tradicionalmente, todas as rodas prestam homenagem ao compositor paquetaense Anacleto de Medeiros.
O público inclui moradores da ilha, veranistas e visitantes, e fiéis amantes do gênero que chegaram a criar a Confraria do Choro de Paquetá, mas a ideia não teve continuidade.
Em algumas séries os músicos são remunerados através de parcerias ou patrocínios. Em outras a arrecadação é espontânea, com “passagem de chapéu” e a casa garantindo um cachê mínimo para os músicos. Nos últimos anos houve cobrança de ingressos a preços populares.
Na versão promovida pela casa até o início da pandemia (a última roda foi em março de 2020) os músicos fixos eram: Rui Alvim - Clarinete | Jayme Vignoli - Cavaquinho | Luiz Flávio Alcofra e Lucas Porto – Violão | Oscar Bolão – Percussão
Os projetos e eventos culturais da Casa de Artes Paquetá estão sempre em sintonia com a promoção do turismo de base comunitária e são, direta ou indiretamente, associados a um passeio em Paquetá, onde o visitante usa diversos outros serviços e produtos locais (hospedagem, alimentação, transporte, artesanato, etc), trazendo benefício direto e indireto a toda a comunidade.
Informações Complementares
A Casa de Artes Paquetá é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, que trabalha pela revitalização social e cultural da Ilha de Paquetá e pela preservação de sua identidade, seu modo de vida e patrimônio cultural e natural da ilha.
Paquetá é um bairro da cidade do Rio de Janeiro, tombado como Área de Preservação do Ambiente Cultural – APAC (Área de Proteção do Ambiente Cultural) A instituição começou a funcionar em 1999 e sempre teve como um de seus principais focos a realização de projetos de formação musical para crianças e jovens da ilha e a promoção de eventos de música de qualidade.
Em 1999 iniciou o projeto de musicalização infantil Flautistas de Paquetá, que mais tarde passou a ser chamado Projeto Bem Me Quer Paquetá, para a capacitação de crianças e jovens para a performance da música de concerto, de artes integradas e do exercício da cidadania, funcionando até hoje. O projeto conta com a Orquestra Jovem Paquetá, de músicos que se formaram a partir do projeto de musicalização. Em 1999 teve início a série Sintonias de Recitais, levando a música de concerto para Paquetá com o objetivo de divulgar a ilha e formar plateias junto ao público paquetaense. As apresentações de música de concerto também acontecem até os dias de hoje.
Website e/ou contato do evento
Referências
LAVRADOR, José. Depoimento à equipe de pesquisa realizado em 14 de junho de 2021.