Descrição Geral e/ou Histórico
Chora - Mulheres na Roda é uma roda de choro voltada para mulheres instrumentistas, sem fins comerciais, que acontece no Rio de Janeiro desde 2018. A primeira edição aconteceu no último sábado do mês de outubro, quando mulheres de classes sociais e lugares diferentes, se reuniram em um bar na Lapa (Centro-RJ), com seus instrumentos, para praticar o choro. Até antes da pandemia, foram realizadas 14 edições.
A roda surgiu a partir da iniciativa de Laila Aurore (cavaquinista), Carolina Chaves (flautista), Geiza Carvalho (percussionista) e Laura Ralola (jornalista/violonista), com a intenção de ampliar espaços para a participação de mulheres na cena da música instrumental. As rodas, que acontecem mensalmente, de forma gratuita, são organizadas pelas fundadoras, que definem a data e o local, divulgando com antecedência nas redes sociais. Alguns dos locais onde as rodas aconteceram, a partir de parcerias estabelecidas, foram na Lapa - Centro (parceria com a Garagem das Ambulantes), em Ramos, no Morro do Pinto (parceria com o Slam das Minas) e na Maré (parceria com a Coletiva Resistência Lésbica da Maré).
A roda é acústica e aberta para qualquer mulher que queira participar tocando seu instrumento. O propósito é promover um estudo conjunto entre mulheres de todas as idades e em qualquer nível de experiência em seus instrumentos, estimulando e reconhecendo a participação das mulheres na cena cultural da cidade. As fundadoras do projeto são monitoras, e auxiliam as instrumentistas em quaisquer dúvidas que tenham durante a prática de conjunto. Disponibilizam gravações e partituras cifradas do repertório em uma pasta do Google Drive, e na própria roda, para realização da prática.
A formação instrumental mais frequente é de cavaquinhos, violões, pandeiros, flautas, clarinetes e violoncelo. Em várias rodas, aparecem instrumentistas que tocam violino, acordeom, trompa, bandolim, contrabaixo acústico, ukulele, entre outros. Em algumas edições, houve choros cantados.
É comum também, após a roda de choro, continuarem tocando sambas e outros ritmos brasileiros, como o forró, coco, a depender das pessoas e instrumentação presentes. Em relação ao repertório de choro, são frequentes choros de Luciana Rabello, Nilze Carvalho, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, além de choros compostos pelas próprias participantes da roda.
O projeto acaba por formar uma grande rede de mulheres envolvidas com arte e música, e já contou com a participação de nomes como Áurea Martins, Mayra Andrade, Nilze Carvalho e Nana Kozak.
