Descrição Geral e/ou Histórico
A Escola Portátil de Música é uma das maiores referências no ensino do choro do país. Foi criada por músicos de choro em 2000, (Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, Álvaro Carrilho, Celso Silva e Pedro Amorim), a partir da necessidade de passar adiante seus conhecimentos sobre o gênero. O nome foi dado por Hermínio Bello de Carvalho, se referindo à ideia de expandir o projeto para outras cidades. Começou com cerca de 50 alunos na Sala Funarte, alcançando hoje aproximadamente 1000 alunos nos Núcleos Urca e Casa do Choro. Desde o funcionamento no campus da UNIRIO, na Urca, em 2005, a EPM passou a ser um projeto de extensão da universidade. A EPM é coordenada pela diretoria do Instituto Casa do Choro: Luciana Rabello (presidente), Mauricio Carrilho (vice-presidente), Paulo Aragão (diretor), Jayme Vignoli (diretor), César Carrilho (diretor), Celso Silva (diretor).
Além das atividades de prática de instrumento, teoria musical, apreciação musical, canto e canto-coral, a EPM acredita na aprendizagem coletiva, a partir da espontaneidade do ambiente da roda de choro como filosofia metodológica de ensino. [Ver relação de disciplinas oferecidas e professores em Informações complementares]. Desde as primeiras oficinas na Sala Funarte, passando por espaços que a escola ocupou como o prédio da Escola de Música da UFRJ na Lapa (2000-2003) e uma casa na Ladeira da Glória (2004), e mesmo nos festivais que a escola promoveu, sempre houve a tradição de reunir os alunos, após as atividades teóricas e práticas dos instrumentos, para tocarem juntos, ao final da manhã, formando uma grande roda de choro (ou uma grande banda). Esta atividade passou a ser chamada de Bandão. No início não havia arranjos específicos para a formação de instrumentistas. A partir de 2004, com o funcionamento na casa da Glória e depois na Urca, os professores arranjadores (no início, Mauricio Carrilho, Paulo Aragão, Jayme Vignoli e mais tarde Pedro Aragão, Marcílio Lopes, Ignez Perdigão, Bia Paes Leme, Lucas Porto, entre outros), passaram a fazer arranjos específicos para a formação do Bandão, um grupo heterogêneo, formado por alunos de diversos níveis de aprendizado musical, de todas as idades, crianças, jovens, adultos, além dos professores. A ideia do Bandão é criar um espaço democrático de aprendizagem coletiva e ao mesmo tempo um ambiente de confraternização. É comum haver performances do Bandão para celebrar datas importantes na cultura do choro, homenagear visitantes ilustres e personalidades que marcaram a sua história.
Além de um espaço de ensino-aprendizagem, os ensaios abertos do Bandão no pátio da UNIRIO, tornaram-se uma atração turística. Aos pés do Morro da Urca, curiosos e amantes do choro comparecem toda semana para ouvir os arranjos especialmente feitos para o grupo, sejam do repertório clássico do choro – incluindo a polca, o maxixe, o samba-choro, a valsa, etc) – ou do repertório de chorões antigos, desconhecidos do grande público, sejam de composições inéditas dos próprios professores da escola. [Ver repertório e arranjadores em Informações complementares.]
