Descrição Geral e/ou Histórico
O Coletivo Choro na Rua foi criado em dezembro de 2016, a partir de uma apresentação na livraria Al Farabi (hoje extinta), na Rua do Rosário, no Centro do Rio de Janeiro, por ocasião do lançamento da biografia Zé da Velha e Silvério Pontes – 30 Anos, escrita por André Diniz e Diogo Cunha. A ideia inicial era fazer uma roda de choro dentro da livraria com Zé da Velha, Silvério Pontes e grupo, além de amigos músicos. A superlotação do espaço, entretanto, fez com que Silvério propusesse a André Diniz, organizador do evento, que a roda acontecesse na rua. Colocaram uma mesa na estreita Rua do Senado e a roda foi transferida para lá, tornando-se um grande sucesso de público. Assim nasceu o coletivo.
O objetivo principal do coletivo é popularizar o choro, resgatando seu caráter original, tocado nas ruas, nas praças, saraus e quintais, e apresentando esse gênero com mais de 150 anos de história, a um grande público. Como filosofia, acreditam que o choro deve ser tocado com alegria, para dançar, para ouvir, e também para ser tocado no teatro. Segundo Silvério, um ingrediente fundamental para uma boa roda de choro é que as pessoas gostem de tocar “conversando”, o que exige domínio técnico e especialmente solidariedade musical e uma fina sintonia humana.
As apresentações acontecem em diferentes espaços públicos no Rio de Janeiro, como a Praça Santos Dumont, na Gávea, na Pedra do Sal (Rua Argemiro Bulcão – Saúde), na Praça Saens Pena e na Forneria da Tijuca (Rua Carlos Vasconcelos) e em Niterói, no Jardim Icaraí (Rua Leandro Mota), com frequência mensal.
O grupo conta com músicos fixos e outros que se revezam nas rodas e apresentações, além de sempre contar com convidados. Entre os fixos estão: Silvério Pontes (trompete), Zé da Velha (trombone), Daniela Spielmann (saxofone), Dudu Oliveira (flauta), Maionese (Alexandre Romanazzi) (flauta), Rogério Caetano (violão de 7 cordas), Charles da Costa (violão), Henrique Cazes (cavaquinho), Thiago Souza (bandolim), Netinho Albuquerque (pandeiro) e Rodrigo de Jesus (percussão).
Entre os que se revezam estão Jovi Joviniano (percussão), Beto Cazes (percussão) Antônio Guerra (acordeon), Vinicius Magalhães (violão de 7 cordas). Entre os convidados estão: Zé Paulo Becker (violão), Eduardo Neves (saxofone), Bebê Kramer (Acordeon), Marcilio Lopes (bandolim), Everson Moraes (trombone), e o cantor Pedro Miranda, que também organiza as apresentações na Gávea.
Em 2018 e 2019 foram vencedores do Prêmio Profissionais da Música, de música na rua. Em novembro de 2018, apresentaram-se na TV Brasil, em Itajaí-SC, e em março de 2019 foram convidados a se apresentarem na Sala Cecília Meirelles.
