Histórico

Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha (29/03/1907 - 24/12/2006) era carioca. Desde cedo teve interesse pela música. Aos 16 anos compôs sua primeira música: Vestidinho Encantado.
Em meados de 1928, com Henrique Brito, Alvinho, Noel Rosa e Almirante formou o grupo Flor do Tempo e passaram a se apresentar em casas de amigos e em clubes. No ano seguinte, em 1929, o grupo passou a se chamar Bando de Tangarás e gravaram 19 músicas, sendo 15 de autoria de Braguinha.
Estudante de arquitetura, inspirou-se no pássaro arquiteto João de Barro para criar o pseudônimo, uma vez que seu pai não queria o nome de família envolvido com música popular, devido aos preconceitos que marcavam essa época.
O Bando de Tangarás se desfez em 1933, mas foi durante sua existência que sua carreira ganhou impulso. Braguinha tornou-se um dos principais compositores de músicas carnavalescas.
Em 1934, João de Barro conheceu duas pessoas que marcariam sua carreira: Alberto Ribeiro, seu maior parceiro, e Wallace Downey, cineasta e produtor cinematográfico norte-americano que o conduziu à carreira do cinema e à indústria de discos. Braguinha participou como roteirista e assistente de direção em filmes da Cinédia, uma das principais produtoras cinematográficas do país nos anos 1930 e 1940. Juntamente com Alberto Ribeiro, escreveu argumentos e composições para a trilha sonora de filmes como Alô, Alô, Brasil e Estudantes, cuja personagem principal foi estrelada por Carmem Miranda.
Braguinha foi idealizador da Coleção Disquinho, lançada pela Continental em 1960: uma coleção de 70 discos no formato de pequenos vinis coloridos, contendo a narração de histórias infantis – clássicos de Perrault, Grimm, La Fontaine – entremeadas por canções (a maioria compostas por ele) com arranjos de Radamés Gnattali para orquestra, músicos de choro, e participação de artistas como Dalva de Oliveira, Carlos Galhardo, entre outros.