Metadados
Está ativa? (considerar as rodas e lugares ativos até a pandemia)
Não
Região
Cidade/Estado
Endereço
Praça José de Alencar - Flamengo
Descrição Geral e/ou Histórico
A roda surgiu a partir do bloco de carnaval Fantasma do Maxixe, que se apresentou informalmente em 2015, no Grajaú, pela primeira vez. Foi idealizado pelo Sr. Dudu (Edeltrudes Marques da Silva), pai de Valere Farias, estudante de clarinete, integrante do grupo, com a intenção de divulgar o choro com músicas do carnaval antigo. O nome veio da música A História do Bloco do Fantasma, de Henrique Martins. A história encontra-se no jornal A Nova Democracia 2017 https:///no-196/7460-maxixe-na-praca). Sr. Dudu foi colecionador de discos de vinil e trabalhou em rádios e gravadoras do Rio de Janeiro
O bloco Fantasma do Maxixe não chegou a ser registrado. Tocava parado, no sábado antes do carnaval, pela manhã, na Praça Edmundo Rego, no Grajaú, e esteve ativo entre 2015 e 2018. Os integrantes eram estudantes da Escola Portátil de Música e da Escola Villa-Lobos (ver as respectivas fichas ações de ensino). O entusiasmo foi tanto, que não aguentaram esperar o próximo carnaval e passaram a se encontrar aos sábados, após a aula da Escola Portátil de Música, na Praça José de Alencar, no Flamengo, às 15 horas. Assim nasceu a Roda Fantasmas do Maxixe, no plural, uma roda aberta e acústica, sem fins comerciais, que aconteceu de 2015 a 2017.
O único instrumento amplificado era o baixo elétrico. Os instrumentos eram sempre os mesmos, mas os componentes variavam, sendo os frequentes: flautas (Tânia Feliciano, Lúcia Bulcão, Regina Galvão, Maurício Guedes), clarinetes (Valere Farias, Ângela Cristina M. Liberalino, Edgar Santos, Cilano Simões) Sax (Juan Díaz, Marcus Sampaio) violões (Núbio Quaresma, Solange Maciel, Constantino Almeida) cavaquinhos (Maristela Rosas, Guilherme Lapa Coutinho), baixo (Cláudio Farias), pandeiros (Cecília Castro, Alzira Madeira, Jussiê Caverna, Evelyn Agrícola Calixto de Azevedo), caixa (Henrique Martins).
O público foi ficando cativo. Os idosos passaram a frequentar a praça e a aguardar a roda. Sempre assistiam as apresentações das janelas dos prédios vizinhos à praça.
Alguns dos integrantes e amigos se dedicaram à pesquisa do repertório, que acontecia em ensaios durante a semana.
Alzira Madeira, uma das integrantes, compôs uma música dedicada ao grupo, intitulada Tem maxixe na praça. O repertório tocado incluía as seguintes músicas: Fandaguaçu (Salvador Fábregas), Dorinha, meu amor (José Francisco de Freitas), Não quero saber mais dela, Jura e Gosto que me enrosco (Sinhô), Rio não é mais criança (Nelson Cavaquinho), Cristo nasceu na Bahia (Sebastião Cyrino), Rio antigo e Maxixe das Flores (Altamiro Carrilho), O corta jaca (Chiquinha Gonzaga), Odeon e Brejeiro (Ernesto Nazareth), Olaria (Mauricio Carrilho), Os Bohêmios (Anacleto de Medeiros), Pelo telefone (Donga e Mauro de Almeida), O bom filho à casa torna (Bonfiglio de Oliveira), entre outros. No carnaval acrescentavam-se as músicas Pé de Anjo (Sinhô), Marcha do grande galo (Lamartine Babo e Paulo Barbosa), Pastorinhas (Noel Rosa e Braguinha), Abre alas (Chiquinha Gonzaga), Mal me quer (Newton Teixeira e Cristovão de Alencar), Formosa (Nássara e J. Rui), O trovador (Evaldo Gouveia e Jair Amorim).
Informações Complementares
https://www.anovademocracia.com.br/no-196/7460-maxixe-na-praca
Website e/ou contato do evento
Referências
FARIAS, Valere. Depoimento à equipe de pesquisa realizada em 14 de junho de 2021.