Metadados
Institucionalidade
Acervo Institucional
Instituições/Pessoas
Instituto Moreira Salles
Região
Cidade/Estado
Endereço
Rua Marquês de São Vicente, 476 – Gávea, Rio de Janeiro - CEP 22451-040
Descrição Geral
Arquivo pessoal de Pixinguinha (1897-1973), compositor, instrumentista, arranjador e maestro e um dos maiores nomes do choro no Brasil. O acervo Pixinguinha está sob a guarda do Instituto Moreira Salles desde 2000, por acordo direto com sua família. É composto por documentos pessoais, medalhas, troféus, álbuns com recortes de jornal, centenas de fotos, roupas, registros de memória oral realizados por seu filho Alfredo da Rocha Vianna Neto e a flauta utilizada durante muitos anos pelo músico. O destaque do acervo, entretanto, é o conjunto de milhares de partituras que contém centenas de arranjos do compositor, para além de partituras do século XIX e XX de outros grandes chorões como Cândido Pereira da Silva, Jacob do Bandolim, entre outros. Catalogadas e digitalizadas, as partituras estão disponibilizadas no repositório digital www.pixinguinha.com.br, que contém ainda uma linha do tempo sobre o compositor e um catálogo crítico de composições de Pixinguinha, elaborado por José Silas Xavier e Pedro Aragão.
Histórico
Pixinguinha nasceu Alfredo da Rocha Vianna Filho em 23 de abril de 1897, no Rio de Janeiro, filho de Alfredo da Rocha Vianna e Raimunda Maria da Conceição. Seu pai, funcionário dos correios, era também flautista amador e promovia reuniões musicais em sua casa, às quais compareciam renomados chorões da época. Ainda garoto, foi iniciado no cavaquinho por seus irmãos e, em pouco tempo, passou a acompanhar seu pai nos bailes. Por volta de 1908, Pixinguinha compôs sua primeira música, o choro Lata de leite. Seu primeiro professor de música foi César Borges Leitão, mas seu aperfeiçoamento na flauta deu-se por meio de Irineu Batina, na época diretor de harmonia do rancho carnavalesco Filhas da Jardineira. Na orquestra do rancho, Pixinguinha conheceu seus amigos e parceiros de toda vida João da Baiana e Donga. Irineu também levou Pixinguinha para tocar flauta em outro conjunto que comandava, o Choro Carioca. Às vésperas de completar 15 anos, tornou-se diretor da orquestra do rancho Paladinos Japoneses, além de integrar o Trio Suburbano. Sua primeira composição editada foi o tango Dominante, gravado em 1915 pelo Bloco dos Parafusos. Na mesma época, o Choro Carioca gravou duas composições do músico e, em 1917, a Odeon lançou em disco quatro de suas composições. Em 1919, passou a se apresentar com o famoso grupo Oito Batutas no Cinema Palais, local frequentado pela classe alta carioca. O sucesso levou o grupo a uma turnê nacional e internacional entre 1919 e 1922, turnê que incluiu uma viagem a Paris e outra a Buenos Aires. Ainda em 1922, os Oito Batutas participaram da primeira transmissão de rádio feita no Brasil. Em 1926, Pixinguinha passou a integrar a Companhia Negra de Revistas, e, em 1929, tornou-se arranjador da gravadora Victor. Seu trabalho foi um divisor de águas na música brasileira. Ele abrasileirou as orquestrações e criou introduções magníficas para músicas suas e de outros compositores.
Durante toda a década de 1930, continuou suas atividades na indústria fonográfica, nas casas noturnas e nas emissoras de rádio. Na década de 1940, passou por dificuldades financeiras e trocou a flauta pelo saxofone tenor. Ajudado pelo flautista Benedito Lacerda, formou com ele uma parceria que rendeu 34 discos e importantes gravações de choro. Na década de 1960, Pixinguinha recebeu muitas homenagens durante a celebração de seus 70 anos. Faleceu aos 75 anos, em 17 de fevereiro de 1973.
Estado da Coleção/Acessibilidade
Coleção acondicionada na Reserva Técnica Musical do IMS, encontra-se catalogada, digitalizada e disponível para consulta pública no website www.pixinguinha.com.br.
Informações Complementares
No primeiro semestre de 2017, em comemoração aos 120 anos de nascimento de Pixinguinhas, o IMS inaugurou o portal www.pixinguinha.com.br, que disponibiliza para consulta, além de todo seu acervo, farto material sobre a vida e obra do compositor. O lançamento foi marcado por um show no auditório do IMS Rio, reunindo os músicos Nailor Proveta (clarinete e saxofone), Cristóvão Bastos (piano) e a cantora Áurea Martins.
Website da Coleção/Instituição
Contato - Telefone
(21) 3284-7400
Referências
TITAN Jr., Samuel (org). Um guia para o Instituto Moreira Salles. Rio de Janeiro: IMS, s/d.