Metadados
Institucionalidade
Acervo Institucional
Instituições/Pessoas
Instituto Moreira Salles
Região
Cidade/Estado
Endereço
Rua Marquês de São Vicente, 476 – Gávea, Rio de Janeiro - CEP 22451-040
Descrição Geral
O acervo de Antonio D’Áuria (1912-1999), líder do Conjunto Atlântico e referência do choro paulista entre os anos 1950 e 1980, integra a Reserva Técnica do IMS, e foi incorporada à mesma em 2001. Dentre os itens recebidos nas nove caixas estão centenas de discos, fotografias, partituras e recortes de jornais e revistas, um grande número de fitas de rolo com as gravações de rodas de choro que D’Áuria promovia na garagem de sua casa, no bairro de Casa Verde, às quais compareciam músicos de todo o Brasil, incluindo o bandolinista Jacob do Bandolim, de quem era grande amigo.
Histórico
O acervo foi adquirido pelo Instituto Moreira Salles de seu filho, Altair D’Áuria Miranda, em agosto de 2001. Antonio D’Áuria teve contato com o choro desde sua infância, ao presenciar as rodas de choro que ocorriam no armazém do seu pai, no bairro do Bom Retiro. D’Áuria tocava violão de sete cordas e promovia rodas de choro em sua casa, a partir dos anos 1950. Decorrente dessas rodas formou-se o Conjunto Atlântico, grupo que reunia importantes nomes do choro paulista. Além de D’ Áuria, integraram o conjunto os violonistas João da Mata e Juracy Wei (Barão), o cavaquinhista Jayme Soares, que também tocava bandolim e violão tenor, os bandolinistas Amador Pinho, Agostinho Garcia, Walter Veloso e Izaías Bueno de Almeida e o pandeirista Oswaldo Bitelli. O grupo estreou em um festival de violões, em 18 de setembro de 1952.
Em 1954, o I Festival da Velha Guarda em São Paulo aproximou o contato entre chorões paulistas e cariocas. Em homenagem a Pixinguinha, foi transmitido pela Rádio Record e contou com a participação de nomes importantes do choro carioca, como Donga, João da Bahiana, Caninha, Patrício Teixeira, Benedito Lacerda, Lúcio Rangel, Sérgio Porto e Baden Powell.
D’Áuria ficou amigo de Jacob do Bandolim, que vinha a São Paulo com frequência gravar o programa Noite dos Choristas, na Rádio Record. O conjunto Atlântico, após a entrada do jovem e virtuoso bandolinista Izaías Bueno de Almeida, passou por uma crescente profissionalização e figurou assiduamente no programa semanal na TV Cultura dedicado ao choro às 6as feiras, que ficou no ar por dez anos. As gravações caseiras de D’Áuria dessa época são um retrato emblemático do choro paulista.
Estado da Coleção/Acessibilidade
O acervo encontra-se digitalizado e acessível à pesquisa na Reserva Técnica do IMS-RJ.
Website da Coleção/Instituição
Referências
TITAN Jr., Samuel (org). Um guia para o Instituto Moreira Salles. Rio de Janeiro: IMS, s/d.