Histórico

Criada em 21 de novembro de 1958, pelo decreto nº 44.682, a Seção de Documentação Sonora do Arquivo Nacional entrou em atividade no dia 30 de abril de 1964. Funcionou sem qualquer equipamento até 1965, quando chegaram ao setor um gravador Sony, um toca discos Garrar e seis carretéis de fita para gravação. Nos dois anos seguintes chegaram mais equipamentos. Pouco tempo depois, a Agência Nacional e a Rádio Ministério da Educação depositaram seus acervos sonoros no Arquivo Nacional. Também foram incorporados discos da Casa Edison, da Rádio Mayrink Veiga, SESI, entre outros. Na década de 1980, a necessidade de uma reestruturação do setor era evidente, com a aquisição de armários próprios e escaninhos – os discos até então estavam organizados no sentido horizontal. Os cabeçalhos de assuntos foram descritos e normalizados, e tal catalogação conferiu maior dinamismo ao trabalho dos técnicos e à pesquisa.

O acervo possui discos de música erudita e música popular das décadas de 1930 a 1950 (3.943 discos de vinil de dez polegadas), com uma variedade de gêneros musicais brasileiros, como choro, samba, polca, tango, foxtrot, marcha, bolero, batucada, rancheira, baião, frevo, galope, moda, rasqueado, beguine e calipso. Há ainda um acervo de 2.530 discos doado pelo pesquisador Humberto Franceschi, onde se encontram intérpretes como Francisco Alves, Mário Reis, Carmen Miranda, Pixinguinha, Silvio Caldas, Orlando Silva; e também o acervo da Casa Edison a partir de 1902, os primeiros discos fabricados no Brasil, alguns assinados pelos intérpretes na cera de gravação (68 discos de 10,5 polegadas, à base de goma-laca).