A história do judô feminino começou quando parentes, esposas e irmãs dos alunos que já praticavam, se interessaram pela arte criada e desenvolvida por Jigoro Kano em 1882. No início, o esporte era praticado pelas mulheres de forma simplificada, devido à rígida sociedade oriental, com treinos rudimentares e somente entre elas.
Foi um desenvolvimento histórico das mulheres no judô brasileiro de muita resistência, com proibições e rupturas e, finalmente, com a superação e vitórias. Os benefícios como o fortalecimento de músculos e a concentração que é exigida no judô, fez com que este esporte fosse um dos mais completos para o universo feminino, partindo do princípio que desde da prática das mulheres no judô, elas sempre precisam aliar a sua rotina diária, um momento em que possam se exercitar, cuidar do corpo e ainda aprender a dominar técnicas que possam ser aplicadas utilizando as suas próprias forças.
A trajetória dessas 3 pioneiras do judô gaúcho começa na metade da década de 1960, embora algumas delas tenham começado a prática do judô em anos posteriores, tinham objetivos diferentes, em relação à competitividade.
Léa Linhares, Iara Mary e Eliane Pintanel são referências pioneiras na transição do Judô feminino como uma prática de defesa pessoal para o campo esportivo.
Com suporte de fontes primárias tais como fotografias, reportagens e na própria conversa com as mesmas, é incontestável que as mulheres estão presentes nessa arte marcial desde os primórdios do judô gaúcho.