Metadados
Está ativa? (considerar as rodas e lugares ativos até a pandemia)
Não
Região
Cidade/Estado
Endereço
Setor Comercial Sul, Praça Noel Rosa
Descrição Geral e/ou Histórico
A roda de samba “Que trabalho é esse?” ocorreu entre os anos de 2016 a 2019, sempre às sextas-feiras. Apesar de se denominar como um evento de roda de samba, o choro teve presença destacada em todas as edições do projeto, que ocorria semanalmente às sextas-feiras, das 20hs às 0hs de sábado. O evento reunia cerca de 600 pessoas por edição e era financiado pelos vendedores de comidas e bebidas que se posicionavam nas proximidades da roda.
A roda tinha como proposta conceitual utilizar a música como ferramenta de ressignificação de espaços pouco atendidos pelo poder público. O Setor Comercial Sul se apresentava como um desses espaços na capital, fortemente vinculado à violência, à prostituição e ao tráfico de drogas.
A partir da implementação da roda, muitos elementos desse espaço “abandonado” sofreram alterações importantes. Algum investimento em iluminação pública foi executado pelo poder público, e muitos outros eventos passaram a ocorrer nesse ponto da cidade, sobretudo por intervenção do Coletivo Labirinto, dedicado a ações socioculturais no Setor Comercial Sul .
Além disso, a interação com a população tida como “população de rua” criou laços importantes de socialização e de valorização. Essa população frequentava o evento e era alvo de diversas ações sociais do projeto, como aulas de música e campanhas de alimentação e roupas.
Os integrantes da roda eram: Dinho Braga (voz e percussão), Rodolfo Dotinho (voz e surdo), Matheus Ramos (pandeiro), Mariana Sardinha (cavaco e voz), Joelson Conceição (violão) e Lucas de Campos (baixo e voz).
Muitos importantes músicos da cidade participaram da roda, como: Victor Angeleas (bandolim), Dudu Maia (bandolim), Nelson Serra (cavaco), Gabriela Tunes (flauta), Noel Lion (flauta), Márcio Marinho (cavaco), Fernando César (violão 7 cordas), Augusto Contreras (violão 7 cordas), Dudu 7 Cordas, Amilcar Paré (violão), Tonho do Pandeiro, Regional Segura Elas, Kris Maciel (voz), Karla Sangaletti (voz) e Marcelo Café (voz), dentre outros.
Entre os músicos de outras cidades que participaram da roda, é possível destacar: Gabriel Grossi (gaita), Mestrinho (acordeom), Tuco Pelegrini (cavaco), Bororó (baixo), Paulo Miklos/Titãs (voz), Mestra Ana do Samba de Roda e Coletivo Novos Cachoeiranos (Cachoeira/BA), dentre outros.
Algumas atrações internacionais também fizeram parte da roda, como o maestro Joaquin Betancourt (Cuba) e o percussionista Ìdòwú Akínrúlí (Nigéria).
Apesar de existir por apenas cerca de 3 anos, a roda se mostrou muito importante no aspecto de divulgar o samba e choro entre públicos mais amplos, além de contribuir para a ressignificação do espaço e das relações sociais no “centro” de Brasília.
Website e/ou contato do evento
Referências
CAMPOS, Lucas de. Depoimento à equipe de pesquisa realizado em 13 de agosto de 2021.