Descrição Geral e/ou Histórico

As movimentações relacionadas ao choro no espaço começam de modo quase concomitante ao surgimento da Casa da Mãe, em 2016. Um ano após seu estabelecimento, a proprietária da Casa – Stella Maris – expressa o interesse que nutria em dialogar com instrumentistas da cena instrumental local, em especial aqueles vinculados ao choro. Por ser também musicista e, consequentemente, estar em constante contato com vários músicos locais, Stella encontra facilidades para a promoção do almejado encontro com os chorões.
Em poucos meses a roda se consolida e passa a ocorrer semanalmente. A heterogeneidade das apresentações a compor a programação da Casa da Mãe, envolvendo grupos vinculados a gêneros os mais diversos, como o heavy metal e o pop, permitiu que parcela do público que ainda pouco contato nutria com o choro até então se familiarizasse com o gênero no local. Como lembra a própria Stella: “não sabiam que gostavam do choro”, mas acabaram por descobrir ao frequentarem as rodas que ali se davam.
Os encontros tinham como musicistas mais assíduos: Elisa Goritzki (flauta), Gabriel Marques e Daniel Veloso (violões), Dudu (cavaquinho), Sebastian Notini e Gustavo Tupinambá (percussões), integrando um regional-base. Outros músicos somavam-se posteriormente ao grupo, incluindo alguns vinculados a orquestras locais. Alguns encontros chegaram a contar com 15 musicistas tocando juntos, executando temas clássicos do choro sem muitas variações melódico-harmônicas, mas também “abrindo” partes das músicas para o improviso e concedendo às performances um teor mais jazzístico. A fusão é denominada por Stella como “chorazz” e costumava ocorrer aos finais dos encontros, misturando elementos do choro e do jazz.