Metadados
Está ativa? (considerar as rodas e lugares ativos até a pandemia)
Sim
Região
Cidade/Estado
Endereço
Rua General Osório, 31 - (Loja Consulado do Choro)
Descrição Geral e/ou Histórico
A Roda da Contemporânea foi criada em 1995 por iniciativa de Miguel Fasanelli e de seus sobrinhos Roberto e Sérgio, no interior da loja de um fabricante de instrumentos musicais, a Contemporânea. Cerca de oito meses após seu início, a roda começou a se tornar mais conhecida entre os chorões. A roda surgiu como alternativa para abrigar os músicos de uma outra conhecida roda em uma loja de instrumentos da região, a Del Vecchio, que estava reduzindo seu espaço de atividades. No início o bandolinista Paulo Fasanaro, o cavaquinista Antônio Galani e o multi-instrumentista Arnaldo Galdino da Silva (Arnaldinho) foram os mantenedores da roda, com o apoio do Bando de Macambira: João no bandolim, Assis no pandeiro e seu Luiz Macambira no violão de sete cordas. Arnaldinho gravou um CD com músicos frequentadores da roda, intitulando o grupo de "Família Contemporânea". A região central de São Paulo concentra muitas lojas de instrumentos, a EMESP-Tom Jobim e bares onde há feijoada e roda de samba. A Rua General Osório, onde se situa a RS Musical – representante dos instrumentos Contemporânea e local onde funcionou a roda até 2019 – abrigou o projeto Rua do Choro nos anos 2000, quando era fechada a carros e onde se montava um palco para apresentações. Até 2019 Arnaldinho esteve na liderança e organização da roda. Neste ano, os músicos transferiram a roda para o Consulado do Choro, loja de discos e DVDs situada em frente ao local anterior. Desde então o proprietário, Francisco Marques e o violonista Donato mantêm a organização da roda.
A roda sempre ocorreu aos sábados, das 10h até cerca de 15h, com funcionamento acústico, e é aberta para qualquer músico tocar ou cantar. Atualmente os músicos que mantêm a roda em atividade são Jayhr Pavão (violão), Zezinho Guarani (Pandeiro), Wander Loureiro (percussão), Donato (7 cordas), e Arnaldinho. Os frequentadores habituais são predominantemente idosos, no entanto jovens músicos frequentaram o local para aprender ou assistir. Chorões das novas gerações, como o Choro das Três e o bandolinista Danilo Brito começaram a frequentar a roda ainda crianças. Jamelão, João Macacão, Izaías do Bandolim, Marco Bailão, entre outros também frequentavam a roda.
Informações Complementares
A roda funcionou ininterruptamente desde sua criação, em 1995, até março de 2020, sendo suspensa devido à pandemia de COVID-19.
Os músicos da roda retomaram as atividades em março de 2021, porém com público reduzido devido às condições sanitárias.
Website e/ou contato do evento
Referências
ADERALDO, Guilhermo; FAZZIONI, Natália. Choro e samba na Luz: etnografia de práticas de lazer e trabalho na R. Gal. Osório. Ponto Urbe [Online], 11 | 2012. Disponível em: http://journals.openedition.org/pontourbe/1159; Acesso em: 6 Jun 2021
ROSA, Luciana F. Relações entre escrita e oralidade na transmissão e práxis do choro no Brasil. Tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Música da Escola de Comunicações e Artes USP, São Paulo, 2020.
SILVA, Arnaldo Galdino (Arnaldinho). Depoimento à equipe de pesquisa em 7 jun 2021.