Metadados
Está ativa? (considerar as rodas e lugares ativos até a pandemia)
Sim
Região
Cidade/Estado
Endereço
Rua do Ouro, 895, Serra Belo Horizonte – MG CEP 30220-000
Descrição Geral e/ou Histórico
O Bar do Salomão é um dos redutos tradicionais do choro em Belo Horizonte, com rodas às segundas e quintas-feiras.
O ponto foi inaugurado como armazém em 1945, pelo casal sírio Jorge Abdalla e Chamesse Dauch, avós do atual dono. Com a morte de Jorge Abdalla, um dos filhos, Salomão Jorge, assumiu o negócio juntamente com a mãe e, em 1953, resolveu transformar o armazém em um bar. Torcedor do Atlético Mineiro, acabou trazendo o futebol como um dos temas do bar e ponto de encontro de atleticanos em dias de jogo.
As rodas de choro começaram em 2009 com Emanoel Madeira (bandolim), natural de Rondônia, juntamente com o grupo Choropronóbis, composto por Tiago Balbino (bandolim), Rodrigo Rift (cavaquinho), Marcelo Hissa (violão 7 cordas) e Luiz Lobo (pandeiro).
Houve muita rotatividade nas formações. Em princípio, os músicos tocavam somente às quinta-feiras e sem remuneração, apenas com a consumação garantida. Com o tempo as rodas foram ganhando maior público e passaram a acontecer às segundas e quintas. Cerca de 11 a 12 músicos de base passaram a receber uma remuneração fixa do bar, além de consumação.
Em 2010, Pedro Alvarez (flauta) começou a tocar com Wagner 7 Cordas, Madeira (bandolim), Nickson do Cavaco e Ronaldo Pereira (pandeiro). A partir de 2012 o grupo Canela de Ema, composto por, além de Pedro Alvarez, Artur Pádua (bandolim), Daniel Nogueira (cavaquinho), Luiza Falcão (pandeiro) e André Amaral (violão 7 cordas) passou a fazer parte da composição de músicos regulares. O grupo Canela de Ema acabou em 2013. Pedro Alvarez, que seguiu tocando na casa até 2018, relatou que houve formações muito diversas.
Mozart Secundino de Oliveira, violonista de referência na história do choro da cidade, tocou por alguns anos no Bar do Salomão, aproximadamente entre 2012 e 2015, ano de seu falecimento. Outro nome que passou pela casa foi o cavaquinista Pablo Dias. A roda manteve-se sempre muito aberta às participações de músicos presentes.
Em meados de 2018, aproximadamente sete meses antes do início da Pandemia de Covid-19, em virtude de divergências políticas, houve uma recomposição dos músicos que formavam as rodas de segunda e quinta. Em seguida as rodas cessaram e o cenário de retomada em 2021 ainda se mostra incerto.
Informações Complementares
Instagram @bardosalomaobh
Contato - Telefone
(31) 3221-5677||(31) 98348-6219 (Salomão)
Referências
ALVAREZ, Pedro. Entrevista à equipe de pesquisa em 19 de agosto de 2021.
FREITAS, Marcos Flávio de Aguiar. O Choro em Belo Horizonte. Aspectos históricos, compositores e obras. Música Hodie, v. 10, p. 31-67, 2010