Descrição Geral e/ou Histórico

O Bar do Nenê passou a se consolidar como um espaço de choro na cidade de Pelotas aproximadamente em 1992, quando o grupo Perdidos e Achados frequentava o bar para tocar informalmente, especialmente pela ligação de Nadir Curi (produtor do grupo) com Nenê (José Carlos Lamas, falecido em Outubro de 2020), primeiro dono do estabelecimento. Segundo depoimento de Martins (2021), essas rodas de choro protagonizadas pelos músicos do grupo eram acústicas, informais, sem fins comerciais e não eram anunciadas ou divulgadas, portanto sem presença de outros músicos.Através do relato de Martins (2021) e da consulta às coleções de Nadir Curi e Paulinho Martins do Acervo do Choro de Pelotas é possível indicar que participavam dessas rodas Avendano Junior, Milton Alves, Aloyn Soares, Roberval, Arnóbio Madruga “Toinha”, Luis Bachilli, Nadir Curi Hallal, Paulinho Martins, Paulino, Renato da Flauta e Zé Carlos do Pandeiro, entre eventuais outros participantes.
Com trocas de dono, e depois de um hiato com poucas atividades relacionadas ao choro, esse tradicional “boteco” de Pelotas passa a abrigar rodas de choro e eventos ocasionais aos sábados em consonância com o início das atividades do Clube de Choro de Pelotas (2015 aprox.).Na atual gestão atual, iniciada em 2017, o choro passou a fazer parte da programação musical do bar de maneira mais efetiva com diferentes grupos da cidade como o Grupo Chorei Sem Querer, Grupo Feito a Martelo, Regional Avendano Júnior, integrantes do Clube de Choro de Pelotas e músicos da região (Possidônio Tavares, por exemplo) , além de abrigar as rodas de alunos e professores do Festival de Música do SESC (2018-2020).
Desde a retomada do choro no espaço em 2017 as rodas são amplificadas e o trabalho dos músicos é remunerado com couvert artístico.