Metadados
Está ativa? (considerar as rodas e lugares ativos até a pandemia)
Não
Região
Cidade/Estado
Endereço
Rua Deputado Lacerda Franco, 293 – Pinheiros.
Descrição Geral e/ou Histórico
O Café du Rève (nome oficial) era conhecido como Bar do Cidão, apelido de seu fundador, Aparecido Pereira de Melo. O estabelecimento funcionou de 1997 até dezembro de 2014, quando foi vendido com outros imóveis vizinhos para uma incorporadora. Cidão, diabético, faleceu em 2012, aos 68 anos, e sua esposa, Rose de Melo, continuou à frente do bar até seu fechamento. Localizado em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, o bar era um dos redutos do choro e do samba ao vivo na capital, desde 1999. O mineiro Cidão era um ex-caminhoneiro que abriu o bar como uma homenagem aos compositores brasileiros dos anos 60 para trás. Normalmente as rodas de Choro eram às 3as, 5as e 6as, mas em alguns períodos havia choro em todos os dias da semana, com diversos músicos atuantes. Em alguns dias havia choro, em outros predominavam as rodas de samba. O Bar do Cidão era uma das raras casas que tinha música ao vivo todas as noites da semana. O ambiente era simples, com mesas de fórmica e paredes de azulejo, e fotos de clientes, entre eles uma autografada pela sambista Beth Carvalho. O reduto atraía músicos, universitários e turistas estrangeiros em busca de música brasileira de qualidade e as rodas adentravam a madrugada. O cardápio tinha cervejas em garrafa, cachaças, caldos e lanches simples.
Diversos chorões de São Paulo tocaram por muitos anos em dias fixos no Cidão, como João Macacão (violão e voz) Roberta Valente (pandeiro), Stanley carvalho (clarinete), Rui Weber (violão), Alexandre Ribeiro (clarinete), Ceará (Pandeiro), Wagner Oliveira (pandeiro), Zé Barbeiro (violão), Wesley Wasconcelos (Violão), Filipe dourado (cacaco), Cleber Silveira (acordeon), Maik Moura (cavaco e bandolim), Carlinhos Moura (violão de 7), o coletivo roda Gigante (Ver ficha correspondente) etc. Muitos outros músicos por lá passaram, tocando em dias fixos, como substitutos e como convidados. Os músicos fixos recebiam parte do couvert artístico cobrado dos consumidores. O som era parcialmente amplificado, geralmente os instrumentos acompanhadores, violão e voz.
Website e/ou contato do evento
Referências
https://vejasp.abril.com.br/comida-bebida/bar-do-cidao-fecha-as-portas/
http://guiadavila.tudoeste.com.br/2010/08/17/bar-do-cido/
https://www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1124992-dono-do-bar-do-cidao-reduto-do-chorinho-em-sp-morre-aos-68.shtml
https://www.youtube.com/watch?v=dBWd9tvmqUI&t=2s
VALENTE, Roberta. Depoimento à equipe de pesquisa em 22 jun. 2021.