Metadados
Está ativa? (considerar as rodas e lugares ativos até a pandemia)
Sim
Região
Cidade/Estado
Endereço
Av. Antártica, 554 - Água Branca, São Paulo - SP, 05003-020
Descrição Geral e/ou Histórico
O Bar do Alemão foi inaugurado em 1968, na zona oeste da capital paulista. O local se estabeleceu como um dos mais longevos endereços de samba e choro em São Paulo, em atividade ininterrupta desde aquela época até o início da pandemia. O local é pequeno, no formato de um chalé, com cerca de dezesseis mesas entre o térreo e o mezanino. A cozinha serve pratos da cozinha alemã e chopp de barril, além de outros drinks.
O jornalista Luis Nassif, bandolinista, conheceu o local em 1974, quando passou a frequentar o bar diariamente. A roda naquela época era formada por Dagoberto, o Dagô, proprietário do bar, ao pandeiro; o Nelsinho Risada, seu caixa e sócio, no cavaquinho, e Heraldo, no violão, que trabalhava na imobiliária em frente ao bar. Nessa época, o Alemão era frequentado por muitos jornalistas e músicos da cidade, devido à sua proximidade com a Editora Abril e com o jornal O Estado de São Paulo. Pelo bar passaram artistas como Serginho Leite (violão de 7), o baiano Vicente Barreto (violão), Arismar do Espírito Santo (baixo), Carlinhos Vergueiro, Gereba, Pelão, Aluizinho Falcão, Gutenberg, Riolando, Marchezan, Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulinho da Viola, João Nogueira, Paulo César Pinheiro, Valfrido Silva, Inezita Barroso, Hervé Cordovil, Clara Nunes, João Bosco e Paulo Vanzolini. O bar era ponto de encontro dos músicos cariocas em visita a São Paulo.Entre 2003 e 2019 o compositor e violonista paulistano Eduardo Gudin foi sócio do bar. Entre 2005 e 2019, período em que Barão do Pandeiro frequentou e tocou no Alemão, os músicos eram Kika no pandeiro, Jorginho Cebion, Serginho Arruda (violão) e Charles da Flauta, João Macambira (bandolim). O Alemão tinha música todos os dias da semana, mas a 2ª feira se consolidou como dia do choro. Desde 2008 se alternaram nas rodas Valdo (violão), Luiz Passos (bandolim), Barão (pandeiro), Cebion (cavaquinho), Dudah (piano Wesley (violão), Omar Cardoso (cavaco), John Bermann (clarinete), Maik Moura (bandolim), Serginho Arruda (violão), Ribeka (pandeiro), Tahyná (flauta), João Macacão (violão) e André Fajersztajn (clarinete). O som era parcialmente amplificado, com os instrumentos acompanhadores ligados. O repertório era o tradicional de choro e samba, com compositores clássicos.
No final de 2019, o bar passou por um período de muitos problemas financeiros e quase foi fechado. A produtora cultural Livia Manini assumiu as atividades em janeiro de 2020, mantendo o bar como restaurante, com entregas de delivery, desde então, aguardando as condições sanitárias permitirem a retomada da programação de música ao vivo.
Informações Complementares
O bar interrompeu a música ao vivo desde o início da pandemia.
Website e/ou contato do evento
Referências
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2804200210.htm
BARÃO DO PANDEIRO (Ricardo Martins) Depoimento à equipe de pesquisa em 25 de junho de 2021.