Descrição Geral e/ou Histórico
Fundada em 15 de agosto de 1896, a Sociedade Musical e Recreativa Lapa é uma das mais respeitadas entidades de Florianópolis, declarada de utilidade pública municipal pelo Decreto nº 3.767/92, de 21 de maio de 1992. Em 2009, com o projeto Educação Musical Popular, a Sociedade M. R. Lapa adquiriu o status de Ponto de Cultura, em parceria com a Fundação Catarinense de Cultura e o Ministério da Cultura. A iniciativa forneceu capacitação para a comunidade, permitiu inúmeras melhorias na sede, ajudou a consolidar a tradição de formar músicos e proporciona um Ponto de Cultura dinâmico que explora a tradição ilhéu, com coral para terceira idade, grupo de danças açorianas, palestras e diversas oficinas.
Segundo a dissertação de PEREIRA (2009), a Banda da Lapa mantém um grupo de choro a ela vinculado, com integrantes da mesma, intitulado “Chorinho da Lapa”. O ensaio do grupo está retratado brevemente no documentário “Memórias e Harmonias da Banda da Lapa” (2011).
A Banda tem importância na formação e renovação de músicos de sopro na capital catarinense ao longo de seus 125 anos de história. Um exemplo dessa participação é o de Nilo Dutra, importante clarinetista de choro de Florianópolis, e que foi integrante da Banda da Lapa.
Pesquisas recentes sobre a trajetória musical da Banda da Lapa, feitas por CORREA (2013), e pelo Instituto Câmara Clara, em 2011, revelam a existência de choros, valsas, hinos, dobrados e outros gêneros compostos por músicos que pertenciam à Banda e revelam a existência acervo de integrantes e ex-integrantes, (como Alécio Heidenreich, por exemplo)
A Banda da Lapa está presente nas mais diversas festas religiosas, incluindo a Festa do Divino de vários bairros de Florianópolis. Chegando próximo ao carnaval, a Banda troca seu repertório principal por marchinhas e sambas. No carnaval, a Banda da Lapa se transforma na Banda do Zé Pereira. Tradicionalmente, o Zé Pereira existe em outros lugares do Brasil, como em Ouro Preto – MG, e também em Portugal, de onde é sua origem.
Em maio de 2019, foi protocolado por Artur da Rosa (2020), um pedido, em andamento, de registro a patrimônio cultural imaterial na esfera municipal, atrelando as três Bandas Centenárias da ilha (Banda da Lapa, Banda Amor à Arte e Banda Comercial).
