Descrição Geral e/ou Histórico
A Escola do Auditório foi fundada em 2005 juntamente com o Auditório Ibirapuera, projetado por Oscar Niemeyer, dentro do parque do mesmo nome. A proposta da Escola é ensinar música brasileira com ênfase no universo popular, para jovens da rede pública de ensino e residentes em áreas periféricas. Até 2020 a escola atendia cerca de 170 alunos anualmente. Os cursos são livres, com cinco anos de duração, eram oferecidos em aulas individuais em mais de 20 instrumentos, entre madeiras, metais, percussão, cordas dedilhadas, piano, guitarra, contrabaixo elétrico e canto. Havia disciplinas teóricas como iniciação musical, teoria, harmonia, improvisação, percepção rítmica e melódica e práticas de conjunto, como coral, orquestras e choro. A escola tinha grupos instrumentais que se apresentavam com regularidade: o Coral, a Orquestra Brasileira do Auditório (OBA), a Furiosa Portátil e a Orquestra Brasileira Infantil (Obinha), que contemplavam a maioria dos estudantes. Os alunos recebiam uma bolsa de estudos, vale-transporte, lanche, material didático e empréstimo de instrumentos para levar para casa. O quadro de professores era composto de músicos de intensa atuação profissional na música brasileira. Embora a Escola do Auditório abordasse a música brasileira como um todo, a prática de conteúdo de choro ocorria em diversos grupos e atividades. Existia uma prática de conjunto de choro, no formato de um regional, com 5 a 6 integrantes: 2 solistas, cavaquinho, violão de 6 e 7 cordas e percussão. Este curso tinha duração de 2 semestres e foi ministrado pelo violonista Gian Correa (2016-2019) e pelo percussionista Léo Rodrigues (2019-2-21). A prática era oferecida a partir do 3º ano e foi uma demanda dos próprios alunos. Nesta prática eram trabalhados assuntos relativos à dinâmica de roda de choro, como interação entre os músicos, o contato visual, divisão de melodias, improvisação etc. O diretor artístico, Nailor Proveta, trabalhava o conteúdo de choro, sobretudo linguagem, articulação e diferenciação de levadas, nas práticas da OBA e da Furiosa Portátil. Nas aulas particulares, a abordagem de choro dependia mais da orientação e do professor de instrumento. Instrumentos que são mais tradicionais no choro, como cavaquinho, bandolim, violão de 7 cordas, tradicionalmente usados no choro, tinham uma ênfase maior. No entanto, alguns professores como José Luiz Braz, de clarinete, Gabriela Machado, flauta, abordavam o repertório de choro em seus cursos. Entre os egressos da escola, ao menos dois grupos de choro profissionais se formaram: Chorando em Ré Menor e Regional Mistura.
