Descrição Geral e/ou Histórico
A EMR foi criada em 1994 e oferece cursos gratuitos de música para moradores da Rocinha e comunidades do entorno. Nos primeiros anos a escola foi patrocinada pelo fundador, o professor Hans Koch, que injetava recursos próprios e de pessoas que contribuíam, a partir de seu trabalho de mobilização na Alemanha. Em 2008 o professor Koch fundou uma ONG na Alemanha, com a finalidade de captar recursos para a escola. A EMR até hoje se beneficia destes recursos. A EMR é uma ONG, formalizada como Associação Cultural sem fins lucrativos. A partir de 2003 a escola começou a obter recursos por meio de editais. Entre eles, destaca-se o Criança Esperança, que patrocinou a escola durante quatro anos (2007, 2008, 2010 e 2012). A partir de 2015 a EMR passou a ter patrocínio, regularmente, pela Lei Rouanet, e mais recentemente também pela Lei do ISS. O principal apoio governamental que a EMR recebeu foi em 2004, quando um prédio da Prefeitura, o Centro Municipal de Cidadania Rinaldo De Lamare, que fica em frente à Rocinha, foi cedido para se tornar a sede da escola. Atualmente são oferecidos 19 cursos. Destacam-se os grupos corais (infantil e juvenil) que existem desde 1995, e a Orquestra de Câmara criada em 2015. Foi criado um Núcleo de Acessibilidade, com profissionais especializados no atendimento a pessoas com deficiência. A proposta pedagógica da EMR busca ampliar a experiência musical e cultural dos alunos e famílias, lidando com a diversidade, com ênfase na música brasileira. O choro é ensinado em meio a vários outros gêneros musicais. Está mais presente nos cursos de violão, cavaquinho e flauta. Entre 2003 e 2009, a prática de conjunto da EMR fez surgir o grupo de choro Chorando à Toa, que se profissionalizou e realizou diversos shows, inclusive em outros estados, além de uma turnê na Alemanha. O grupo lançou o CD Descontraído, com repertório autoral, com excessão do choro Maroto, de Jacob do Bandolim. As músicas são de autoria de dois integrantes do grupo, de três professores da escola, além de compositores da atualidade, como Ricardo Calafate, Luciana Requião, Kim Ribeiro, Célia Vaz e Fernando Leporace. O CD também contou com a ilustre participação de Paulo Moura tocando clarinete em duas faixas. A formação do grupo era violão de 7 cordas, cavaquinho, bandolim, flauta e pandeiro. Em um segundo momento a flautista se desligou do grupo sendo substituída por dois instrumentistas que tocavam sax tenor e flauta, e sax soprano e alto. Desde março de 2020 a EMR tem oferecido aulas de forma remota. Foi possível manter todos os cursos apesar das dificuldades de acesso por parte de alguns alunos e professores. Tem sido um grande desafio, mas em 2021 a EMR está conseguindo um resultado melhor do que em 2020, quando tiveram que improvisar diante da surpresa que foi a mudança provocada pela pandemia.
