Histórico

Marcello Tupynambá (na grafia moderna Marcelo Tupinambá), foi o pseudônimo de Fernando Álvares Lobo (Tietê, 29 de maio de 1889 - São Paulo, 4 de Julho de 1953). Filho de músicos portugueses, foi engenheiro
pela Politécnica da USP, radialista, crítico musical e poeta, além de compositor.
Sua obra compreende mais de trezentas canções para canto e piano ou piano solo, incluindo outros gêneros como operetas, bailados, corais e quartetos de corda.
As músicas do compositor alcançaram bastante sucesso entre as décadas de 1920 e 1930, tanto nos eventos carnavalescos como no teatro, cinema, disco, em partituras impressas e posteriormente na Rádio e na TV.
A obra de Tupynambá tem mais de 200 gravações desde 1913, tendo sido gravada por Pixinguinha, Francisco Alves, Inezita Barroso, Eudóxia de Barros, Guiomar Novaes, Oito Batutas, Altamiro Carrilho e Mário de Azevedo.
Suas músicas foram arranjadas por importantes maestros do universo da música popular e erudita, como Guerra-Peixe, Pixinguinha, Gabriel Migliori, Souza Lima e Gaó. Teve canções interpretadas por Francisco Alves, Vicente Celestino, Silvio Caldas, Inezita Barroso e Zizi Possi.
Desde 2011, o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP abriga a Coleção Marcello Tupynambá, composta por edições de época, manuscritos inéditos do autor e documentos. A coleção foi doada pela família do compositor, tendo à frente seu bisneto, Marcelo Tupinambá Leandro, que também é musicólogo e pesquisador.
Em 2014, em comemoração aos 125 anos de nascimento do compositor, o pesquisador e pianista brasiliense Alexandre Dias, criou um site que disponibiliza gratuitamente 238 partituras de Marcello Tupynambá, em colaboração com o setor de Arquivo IEB/USP, a família do compositor, e a editora Irmãos Vitale (ver ficha correspondente).