Histórico

O pesquisador Jaime Mesquita Caldas era tenente reformado da Polícia Militar, quando começou a se dedicar à pesquisa histórica, inicialmente das cidades de Santos e São Vicente, por volta de 1963. Embora muito respeitado e procurado por historiadores e pesquisadores, não tinha formação em História. Seu trabalho de pesquisa foi realizado com base na história oral, a partir de contato com músicos de importância histórica na região, como o Conjunto Calunga (Maurício, Mauricy Moura e Gentil Benedito da Silva) e familiares respectivos, Dadinho, Horácio (primo de Arismar do Espírito Santo), Airton Gomes, Moacir Cardoso, Walter do Bandolim, Paulo Bueno, Hugo, Miltinho, João Gama, dentre muitos outros. Seu pai Bráulio Caldas foi flautista da orquestra do Teatro Guarany, em Santos. Jaime tocava violão tenor, que aprendeu com Paulo Bueno. Conviveu e teve contato com muitos historiadores, como Edson Telles de Azevedo, Chico Martins, Jaime Franco e Costa e Silva Sobrinho. Dentre os itens de sua coleção, destacam-se 2 partituras originais de Garoto (1944); 6 partituras originais de Cacique do Violão Tenor (sendo 2 datadas de 1946); 2 discos de 78 rpm com músicas de Cacique (Fim de Romance, Não duvides de Mim, Sonho de Amor e Quando Penso em você); o violão branco que pertenceu a Nelson Baptista Campos (o Malabarista do violão tenor) da Rádio Atlântica e que era utilizado pelo Garoto, quando vinha a Santos; o casaco sobretudo de Garoto utilizado pelo músico quando foi acompanhar Carmen Miranda e o Bando da Lua nos EUA.