Histórico

O acervo foi concebido em agosto de 1989, em consequência das atividades do Programa Domingo no Clube, criado em setembro de 1985 pelo radialista Tadeu Cruz (1950-2006). Dos 36 anos de transmissão do programa, contados até a data da presente escrita, parcela significativa de sua trajetória deu-se em vínculo à modulação AM, sendo hoje, no entanto, um programa difundido também via FM, uma vez que a Rádio Aperipê, que o transmite, possui vínculo a ambas (Aperipê 630 AM e 106.1 FM). A transmissão ainda é replicada simultaneamente para o website da referida estação, acessível pelo endereço www.aperipe.com.br. Em 2006, quando do falecimento de Tadeu Cruz, o programa e seu acervo foram herdados pelo filho de Tadeu - Sérgio Thadeu. Sérgio, além de radialista e produtor do Domingo no Clube até os presentes dias, é idealizador do projeto Choro Sambado, criado em 2012 com o objetivo de valorizar músicos contemporâneos vinculados ao choro e ao samba no Estado. É coordenador do selo Movimento do Choro Sergipano, projeto que tem movimentado a cena do choro sergipano às sextas-feiras no Café da Gente, anexo ao museu da gente sergipana. Sérgio Thadeu é também produtor do Palco Samba, Choro e MPB, no Rasgadinho, evento promovido pelo bloco carnavalesco Bloco do Rasgadinho, uma das mais expressivas manifestações carnavalescas de Sergipe, fundado em 1962. O repertório do programa abarca interpretações que vão desde aquelas protagonizadas pela chamada velha guarda do choro - os chorões mais antigos - até performances de músicos contemporâneos. No acervo figuram discos de Altamiro Carrilho, Radamés Gnattali, Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim, entre outros. Há também discos da Camerata Carioca, Bonfiglio de Oliveira, Luperce Miranda, Canhoto da Paraíba, incluindo o seu raro disco O Violão Brasileiro Tocado Pelo Avesso (1977), produzido por Paulinho da Viola. No que diz respeito às gravações de áudio, o acervo conta com entrevistas concedidas por diversos artistas ao programa, entre as quais aquela protagonizada por Ademilde Fonseca em 2004, quando a cantora completou 91 anos, correspondendo ao último registro da cantora antes de seu falecimento. Seu conteúdo pode ser acessado pelo público exclusivamente por meio do programa Domingo no Clube, não estando disponível física ou virtualmente para acesso livre e direto. O programa e, consequentemente, o acervo que o dá suporte, contribuem para a disseminação do choro na cidade de Aracaju, colaborando ainda para a composição da paisagem sonora local e, em consequência, da memória afetiva daqueles que frequentemente o acessam.