Histórico

A trajetória dos itens do acervo começa no caderno (com data de 1917) de composições de Sebastião Bosfield Vieira, músico e jornalista nascido em Florianópolis em 1896, que além de conter suas primeiras obras, contém peças (polcas, valsas) de compositores seus contemporâneos como Álvaro Souza, que remontam os princípios do repertório associado ao choro no estado.
Seu filho Carlinhos Vieira (1924-1995), como era chamado, criou o Regional do Carlinhos e integrou diversos outros grupos como: Trio Guarani, Regional do Mandinho, Regional do Zequinha, Regional do Nóca, Regional do Nilo, Regional do Célio, e ainda o grupo Demônios do Ritmo, todos esses entre as décadas de 1950 e 1970, e mais tarde nos anos 1980, o grupo Vibrações. Um fato interessante desses regionais é que os conjuntos eram formados em sua maioria pelos mesmos músicos, mudando o repertório e algum dosintegrantes. Além disso, Carlinhos atuou nas rádios Guarujá e Diário da Manhã, rádios centrais na programação de choro e samba.
Carlos Alberto Vieira, compositor e regente da Orquestra Sinfônica de Florianópolis é filho de “Carlinhos” e conserva o bandolim de seu pai, além de ter escrito algumas partituras das peças do pai.
Cláudio, Carlos Augusto, Vicente, Ricardo (que conserva o violão-tenor de Carlinhos), Paulo e André Luiz Vieira são os descendentes da família e possuem alguns choros autorais, presentes no acervo. Com diferentes combinações, formam agrupações que, eventualmente, combinam música de câmara com música popular, com destaque para o Trio Irmãos Vieira e a Camerata do Choro.