Metadados
A associação está ativa?
Sim
Pessoa ou grupo responsável
Reco do Bandolim
Região
Cidade/Estado
Endereço
Quadra 311 sul, bloco E, apto.106 (primeira sede, local da primeira ata) Setor de Divulgação Cultural Bloco G, 70070-350 (endereço atual)
Descrição Geral e/ou Histórico
As primeiras reuniões de Choro de que se tem notícias em Brasília datam da década de 60. Os encontros ocorriam na residência do cavaquinista Raimundo Brito e tinham na figura do citarista Avena de Castro uma importante referência musical. Além de Avena e Raimundo, o grupo mais assíduo era constituído por Dudu (violão 6 cordas), Pinheiro (violão 7 cordas), Hamilton Costa (violão 6), Edgardo Cardoso (violão 6 cordas), Vasconcelos (pandeiro). No entanto, os músicos Nivaldo da Flauta, Raimundo Nonato (violino), Cincinato (bandolim), Veloso (bandolim), Assis (cavaco) e Pernambuco do Pandeiro, dentre outros, também mantinham proximidade.
No entanto, com o falecimento de Raimundo Brito (1975) essas rodas de Choro (os “sábados à tarde”) ficam desmobilizadas.
Em fevereiro de 1976, ao voltar dos EUA, o clarinetista Celso Cruz percebe que os encontros tinham ficado dispersos e sugere a formação de um Clube do Choro. Influenciado pela recém criação do Clube do Choro do RJ, Celso imagina que a partir dessa associação os músicos poderiam fortalecer suas atividades com o Choro. A partir desse ano as rodas passam a acontecer em sua casa (311 sul) e surge o grupo Clube do Choro de Brasília.
Outros importantes músicos se juntam ao coletivo. Dentre eles, a flautista Odette Ernest Dias (que havia se transferido para Brasília para assumir o cargo de professora no Instituto de Expressão e Comunicação na UnB em 1974), que mais à frente teria importância central na história do Clube do Choro de Brasília.
Além da professora Odette, outros importantes músicos passam a fazer parte da associação, com maior ou menor proximidade. Dentre eles: Valério (6 cordas), Alencar 7 Cordas, Reco do Bandolim, Ely do Cavaco, Waldir Azevedo, Bide da Flauta, Seu Nilo (sax) e
Augusto Contreiras (marimba).
Por volta de Abril de 1976, as reuniões passam a acontecer no apartamento da professora Odette Ernest Dias, também na quadra 311 sul.
Ainda no ano de 1976, além dos encontros semanais, o grupo Clube do Choro de Brasília passa a fazer apresentações pela cidade. A primeira delas foi em março de 1976, na Universidade de Brasília.
Em 1977, na casa da professora Odette Ernest Dias (311 sul, bloco E, apto.106), se dá o registro oficial do Clube do Choro de Brasília. Com o CNPJ, a associação passa a lutar por uma sede própria.
Nos anos seguintes as atividades se intensificam, e diversos músicos se alternam na presidência do Clube do Choro, dentre eles: Lício da Flauta, Six e José Américo.
Após um período de atividades suspensas, em 1993 se dá a reabertura do Clube do Choro de Brasília, sob a liderança de Reco do Bandolim.
Nessa fase, o novo presidente consegue mobilizar mais recursos para a revigoração do Clube do Choro, que passa a funcionar no formato de casa de espetáculos, se tornando em uma das maiores referências do país.
Informações Complementares
Espetáculos temporariamente suspensos na pandemia, mas as aulas da Escola de Choro têm funcionado em formato virtual.
Website da associação
Referências
CRUZ, Celso. Depoimento à equipe de pesquisa realizada em 18 de maio de 2021.
LION, Ana; RIOS, Sebastião (Org.). A velha guarda do choro no Planalto Central. Editora: FCS/UFG; FUNAPE, 2012.
CLÍMACO, Magda. Alegres dias chorões : o choro como expressão musical no cotidiano de Brasília anos de 1960 - tempo presente. Tese (doutorado) - Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2008.
Jornal Correio Braziliense, 9 de novembro de 1985.