Metadados
Pessoa ou grupo responsável
Gian Correa, Enrique Menezes, Henrique Araújo, Rafael Toledo.
Endereço
Parque Sabesp Sumaré. Av. Prof. Afonso Bovero, s/n. São Paulo, SP.
Cidade/Estado
Região
Descrição Geral e/ou Histórico
A Escola de Choro de São Paulo iniciou suas atividades em abril de 2019, através da iniciativa de um grupo de músicos residentes em São Paulo: Enrique Menezes (flauta), Gian Correa (violão sete cordas), Henrique Araújo (cavaquinho) e Rafael Toledo (pandeiro). A escola é um empreendimento iniciado de maneira voluntária, sem remuneração aos professores e oferecido de forma gratuita aos alunos. As inscrições, em 2019, foram oferecidas através de redes sociais e o processo contou com cerca de 850 inscritos, dos quais foram selecionados 160. No início de 2020, a escola contou com o acréscimo de mais dois professores – Alexandre Ribeiro (clarinete) e Vitor Casagrande (bandolim), além de 3 monitores para alunos iniciantes, e teve 220 alunos matriculados. A Escola de Choro funciona no Parque da Sabesp, onde fica o reservatório de água da empresa fornecedora do serviço na cidade de São Paulo. As aulas coletivas de cada instrumento são dadas ao ar livre, em regiões distintas dentro da área do parque. As rodas de choro ocorrem embaixo de uma marquise. Nos dias de chuva, as aulas geralmente são canceladas. O projeto da Escola apregoa que o ensino do choro se baseia fundamentalmente na tradição oral, visando proporcionar uma alternativa às escolas de música tradicionais, que privilegiam o ensino através da partitura. A escola oferece materiais em meios digitais, contendo explanações, exercícios e análises, em formatos de áudio, vídeo e podcasts, online e gratuitamente. Segundo seus idealizadores, a intenção é ampliar e democratizar o alcance ao público impossibilitado de frequentar as atividades presenciais, contemplando, com estes formatos, pessoas com deficiências físicas e intelectuais. Sobre os critérios de seleção e os novos formatos digitais escolhidos para oferecimento de conteúdo, transparece a preocupação dos idealizadores da Escola em democratizar o acesso, reduzir desigualdades históricas, de gênero, socioeconômicas, de PcD (pessoas com deficiência) e de acesso à escolaridade e opções culturais, seja por limitações locomotoras, cognitivas ou geográficas.
Dimensão do Público Atingido
Atualmente a escola atende cerca de 300 alunos no formato online.
Perfil do Público Alvo e Acessibilidade
Foi estabelecido que metade das vagas em cada turma seria destinada às alunas do sexo feminino e transgêneros. Foi dada preferência aos moradores de regiões periféricas. Na aula de apreciação musical, foram priorizados alunos que não possuíam instrumentos musicais e de faixa etária mais elevada. Estes critérios tiveram como objetivo minimizar as desigualdades socioeconômicas e de gênero no choro, assim como promover uma formação de base.
Website da Ação
Contato - Email
escoladechorosp@gmail.com
Referências
Website da Escola. Disponível em: https://www.escoladechorosp.com/. Acesso em: 28 abr. 2021.
ROSA, Luciana F. Relações entre escrita e oralidade na transmissão e práxis do choro no Brasil. Tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Música da Escola de Comunicações e Artes USP, São Paulo, 2020.
MENEZES, Enrique. Depoimento à equipe de pesquisa.