Metadados
Institucionalidade
Acervo Pessoal/Familiar
Instituições/Pessoas
Plínio Della Penna
Região
Cidade/Estado
Descrição Geral
O acervo é referente ao eminente bandolinista paulista, radicado em Brasília, Dionísio Della Penna, popularmente conhecido como Coqueiro. O acervo contém:
- fotos;
- vídeos;
- um violino;
- um bandolim.
Histórico
O bandolinista Dionísio Della Penna, conhecido como Coqueiro (1930-2012), teve atuação destacada no cenário do choro brasiliense. Nascido em São José do Rio Preto/SP, iniciou-se na prática musical com o violino, aos 7 anos de idade, em sua cidade natal. Em 1943 se mudou para Goiânia para trabalhar como mecânico de automóveis, com apenas treze anos de idade. Na capital de Goiás, onde teve contato com músicos renomados, como a pianista Tia Amélia e o saxofonista Geraldo Amaral, iniciou o seu contato com o bandolim.
Em 1960 se muda para Brasília com os filhos mais velhos, Giovane e Plínio. Na capital federal começa a ter contato com grandes chorões da cidade, como Avena de Castro, Six e Carlos Poyares, que já visitava a cidade com frequência. Além de diversas rodas pela cidade, participou de algumas tocatas com Dilermando Reis e Juscelino Kubitschek no palácio do Catetinho.
O aprofundamento de Coqueiro no Choro se dá ainda pela amizade com os violonistas Ricardo França e Pinheirão. O flautista Antônio Lício aponta Coqueiro também como um grande aglutinador cultural. Coqueiro foi responsável, inclusive, por uma das rodas pioneiras na cidade, a do Bar Xereta, que esteve em atividade de 1976 a 1986. Muitos anos mais tarde, Coqueiro seria responsável também pela criação da roda no Bar No Grau, no ano de 2005.
Outro traço interessante da personalidade do mestre Coqueiro era sua relação com a remuneração. Em depoimento à pesquisadora Talita Viana para o livro A velha guarda do choro no planalto central, Coqueiro afirma que nunca aceitou pagamento para tocar: “é uma besteira que eu tenho. Eu gosto de tocar sem compromisso financeiro”.
Sobre o acervo, trata-se de material cuidadosamente guardado pela família, sobretudo pelo filho Plínio Della Penna. As fotos e vídeos retratam a atuação do bandolinista em diferentes épocas e em diferentes contextos, seja com o violino ou com o bandolim.
Estado da Coleção/Acessibilidade
Os instrumentos estão em bom estado de conservação. As fotos e vídeos estão digitalizadas em sua maioria.
Referências
LÍCIO, Antônio. Depoimento à equipe de pesquisa realizado em 13 de agosto 2021.
PENNA, Plínio. Depoimento à equipe de pesquisa realizado em 18 de agosto de 2021.
VIANA, Talita. A velha guarda do Choro no Planalto Central. In: RIOS, Sebastião; LION, Ana (Org.), 2012.