Histórico

Romeo Seibel, mais conhecido como Chiquinho do Acordeon, nasceu na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul em 1928, e ainda menino compôs sua primeira polquinha (intitulada Caixinha de Música), formou seu primeiro conjunto, o Jazz Ideal, e ajudou também a fundar a Rádio Santa Cruz. Em 1949, chega ao Rio, aos 21 anos, trabalha em diversas casas noturnas, o que o leva a gravar seu primeiro disco como acompanhador em 1951, e em 1952, grava dois LPs junto a Garoto e Fafá Lemos, o Trio Surdina. A partir de 1953 começa a trabalhar junto a Radamés Gnattali na Rádio Nacional, e logo depois em seu célebre Sexteto, tendo estreado o Concerto para Acordeon e Orquestra, composto por Gnattali em sua homenagem, em 1972. Chiquinho tem uma imensa trajetória como acompanhador de um sem-número de arranjadores, intérpretes e instrumentistas deste país, de Edino Krieger, Lyrio Panicali, os Velhinhos Transviados a Rita Lee, Sá e Guarabyra e Belchior e alguns do exterior, como Astor Piazzolla, tendo acumulado mais de 50 mil horas de estúdio.
O museu foi fundado em 20 de setembro de 1966, por iniciativa do seu primeiro diretor, Hardy Elmiro Martin. Desta forma, destaca-se como o único museu da cidade de Santa Cruz do Sul, com importância histórica para todo o Vale do Rio Pardo. O Museu está cadastrado no Sistema Estadual de Museus e pertence à 5ª Região Museológica do SEM/RS. Seu acervo foi conseguido com doações feitas pela comunidade regional, no decorrer de seus 37 anos. Atualmente, estima-se que o museu possua um acervo superior a 140 mil peças, incluindo peças arqueológicas da região, históricas (imigração alemã), etnográficas (índios do Amazonas e do Mato Grosso, adquiridas sob permuta dentro do Projeto Rondon, na década de 1970, numismática, ciências naturais, pequena pinacoteca de artistas locais e coleção de armas.