Descrição Geral e/ou Histórico

A Roda do Zero Grau iniciou no ano de 2006. Nailor Azevedo, o Proveta, propôs ao proprietário do bar, Neto Cardoso, também violonista, para realizarem roda no local para que Seu Geraldo, acordeonista, pai de Proveta, tivesse alguma atividade musical, após sua aposentadoria como pedreiro. Desta forma iniciou-se uma roda semanal às segundas-feiras, com a participação de Seu Geraldo, alguns cantores e músicos de Leme e de cidades vizinhas como Pirassununga e Araras. Inicialmente o repertório era mais cantado. Seu Geraldo, entusiasta do choro, passou a levar alguns choros e treinar os músicos locais. Aos poucos, os chorões da região começaram a frequentar a roda, que foi se consolidando, tornando o local uma referência importante de choro na região. As rodas de choro às segundas-feiras na Choperia Zero Grau permanecem até os dias atuais, só tendo sido interrompidas em virtude da pandemia de COVID-19, e serviram de celeiro intelectual para que se fomentasse a realização de um evento pedagógico e artístico, a Semana Seu Geraldo. Frequentavam a roda também Paulinho Leme (acordeon), Rui Klener (bandolim, violão), João Paulo (pandeiro), Cristiano Pedroso (violão de 7), Seu Carlinhos (bandolim), Lucas Gonzaga (bandolim), Gilberto Zacchi (cavaquinho, percussão), Rita Taufic (voz), Thiago Veltrone (bandolim), Keila Yonashiro (percussão), Luizinho (pandeiro) seu Gonzaga (violão), Bruno Dozzi Tezza (contrabaixo), Angelo (violão), entre outros. A roda era acústica e os músicos não recebiam cachê, embora lhes fosse oferecido um jantar no final da noite. O repertório contemplava desde choros do século XIX até os clássicos do repertório. Frequentaram a roda Proveta e César Roversi (saxofonistas) naturais da cidade, Laércio de Freitas, Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, Pedro Aragão, Pedro Paes e Paulo Aragão, quando passavam pela região.