Metadados
Está ativa? (considerar as rodas e lugares ativos até a pandemia)
Sim
Região
Cidade/Estado
Endereço
Feira da praça Benedito Calixto
Pessoa ou grupo responsável
Vitor Lopes
Descrição Geral e/ou Histórico
O nome da praça é uma homenagem ao pintor, historiador, escritor e fotógrafo Benedito Calixto de Jesus (1853-1927), nascido em Itanhaém (SP), considerado um dos expoentes da pintura brasileira do início do século 20.
A feira de Artes e Antiguidades da Praça Benedito Benedito Calixto foi fundada em 1987 e ocorre desde então aos sábados, das 9 às 19h. Diversos expositores de antiguidades, artes e comida alugam barracas para vender seus produtos. A roda de choro já ocorria espontaneamente na feira até que em meados da década de 1990 a Associação de Amigos da Praça formalizou a roda, passando a remunerar os músicos com a verba das mensalidades pagas pelos expositores. A roda tinha o propósito de promover e atrair público à feira e ocorria aos sábados das 14:30 às 18:30. além de ser contratada nas eventuais edições extra da Feira, em feriados. O time de músicos era fixo, com substituições pontuais. O primeiro time de músicos foi liderado pelo pandeirista Moacir Canário, sendo conhecido como Canário e Seu Regional. Os músicos desta época foram Wilson (violão 7 cordas), Zezinho Guarani (cavaquinho); Rodolfo (bandolim) e o flautista Fábio, que se mudou para Paris. A roda sempre foi formada por 5 músicos, sendo 2 solistas. O gaitista Vitor Lopes entrou como solista no lugar de Fábio, permanecendo de 1998 a 2005, sendo o integrante mais novo do grupo. Outros músicos dessa época foram Zezinho Guarani (pandeiro), Niquinho (bandolim e cavaco), Pascoal (cavaquinho) e Rodrigo y Castro (flauta). A roda era considerada amadora, pois a maioria dos integrantes tinha outra profissão, com exceção dos músicos mais jovens. O flautista Carlos Poyares frequentou muito a roda, trazendo visibilidade ao local. Além dele, outros músicos como Charles da Flauta, Gabriel Grossi, Fábio Peron, Alê Ribeiro, Roberta Valente, e Milton Mori, Tahyná Oliveira, Angélica Antunes e Lincoln Pontes passaram pelo local. Em princípio a roda era acústica, passando a ser amplificada com a formalização. As canjas eram aceitas desde que os músicos fossem conhecidos do time. A roda tocava o repertório tradicional e pouco conhecido (os “lados B”) do choro de autores como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Luiz Americano, Anacleto de Medeiros, Bonfiglio de Oliveira e Altamiro Carrilho. Eventualmente cantores participavam ao final da roda. A Feira e a roda de choro se tornaram um programa clássico de lazer aos sábados, atraindo moradores de SP e turistas.
Informações Complementares
A Feira e a roda de choro interromperam as atividades no início da pandemia. A roda ainda não retornou as atividades, até a presente data.
Email do Evento
vitorklopes@hotmail.com
Referências
http://www.feambra.org/clipagem/sala_imprensa/2011/04abr2011/21_abr_praca_benedito_calixto_e_ponto_certo_para_os_amantes_das_artes.pdf
https://turismoetc.com.br/praca-benedito-calixto-reune-compras-musica-e-gastronomia/
https://catracalivre.com.br/arquivo/sabado-e-dia-de-chorinho-na-praca-benedito-calixto/
LOPES, Vitor. Depoimento à equipe de pesquisa e 23 jun 2021.