Histórico/contexto
A palavra Quilombo é originária do Banto, língua Africana, e significa agrupamento, fortaleza, acampamento. No Brasil recebeu esse nome, no período colonial e imperial, em função das fugas dos negros escravizados que ao fugirem da exploração e crueldade dos senhores de engenho, agrupavam-se em lugares de difícil acesso. Esta convivência comunitária preservou tradições, costumes, ritos, crenças e a identidade negra. Importante salientar que a palavra Comunidade evoca o pertencimento, o acolhimento de todos. Hoje os habitantes destas comunidades são chamados de Remanescentes de Quilombo, que na verdade são afro-brasileiros que historicamente ocuparam terras como heranças do período escravista no país. Estes espaços denominados Comunidades Quilombolas que podem ser rurais ou urbanas, guardam em si toda a luta do espaço construído pelos antepassados e a luta dos descendentes que buscam a preservação a legitimidade e a titulação destas terras através do Artigo 68 da Constituição Federal de 1988, que reconhece como legitimo o direito a propriedade da terra aos descendentes de africanos, mas que não torna mais fácil a luta por um pedaço de terra. Considerando a complexidade das experiencias de formação dos Quilombos dentro de cada região torna-se difícil uma tipologia do termo, mas todos tem como característica comum e principal o vínculo com a Ancestralidade Negra.