Histórico/contexto
"Cariatiti, segundo o senhor Rodolfo Correa, é uma das peças mais representativas da Arte Africana, exposta em diferentes museus do mundo. É um banco para reis, rainhas e princesas e está pertence a uma princesa da tribo Luba, no Congo. Esta peça é um banco. No entanto, ele não é um objeto utilitário, ou seja, feito para ser usado para alguém se sentar, mas sim um bem de prestígio, um objeto que mostra o status (posição social) e poder de quem o possui. Quando pertencem a reis e chefes, estes objetos também são chamados de regalias. Esta peça foi trazida ao Uruguai na década de 70 por uma Embaixatriz da Suíça, no Congo. Senhor Rodolfo destaca que uma peça como está só poderia ser feita por pessoas de sangue nobre. As peças de Arte Africana, tem valor antropológico, cultural e monetário, pois, dependendo do nome do escultor chegam a valer milhões de dólares. Segundo o relato deste colecionador, a Arte Africana é bela por si e veste bem qualquer ambiente de casas ou apartamentos e atualmente é moda na Europa e na China. Consta que algumas peças foram presentes diretos do rei do Congo ao embaixador da Bélgica, mas que está sendo exigida a devolução das peças roubadas de museus e das tribos pelos belgas, que de acordo com o senhor Rodolfo Correa, foram os mais genocidas do mundo. Outras peças da Etiópia, inclusive esculpidas em ouro, também foram roubadas pelos alemães e italianos e foram para museus da Europa. O museu da África, que é o maior do mundo, que fica na Bélgica, obviamente, é produto dos roubos dos belgas que estavam destacados na colônia do Congo. (Relato obtido em 19/07/2022). Os Lubas ocupam áreas diferentes entre o alto Kasai e o lago Tanganica no Sul da República Democrática do Congo. As suas tradições falam de Kongolo como o chefe que os conduziu até à sua atual localização no início do séc. XVI. Ao chegar, venceu vários povos e fundou o que se designa como Primeiro Império. Os Lubas são classificados como os mais hábeis mestres do cinzel. Eles esculpem uma das artes mais belas e harmoniosas de África. O seu sentido inato de estética não se circunscreve só ao mundo dos artistas e ao círculo dos cortesãos e nobres, mas a todas as categorias sociais. Trabalham basicamente a madeira e o tema preferido é a mulher, cujo rosto, traçado de forma suave, fluida e proporcionada, evoca um naturalismo idealizado. http://civilizacoesafricanas.blogspot.com/2010/01/imperio-luba.html "